VOCACIONADOS AO AMOR
10/12/2016 às 01:41
@servidor | Analista, RFB
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Uma das revelações mais belas da
Sagrada Escritura é que Deus é amor e que, para permanecer em Deus,
necessário se faz permanecer no amor (1 Jo 4,16). Mas o que é
permanecer no amor? Em que sentido somos vocacionados ao amor? Como entender
isto sem cair no lugar comum que
transforma amor em palavra oca? Vamos refletir um pouco!
Todos sabemos que vocação é um chamado, um apelo para algo; portanto, uma via de mão dupla, um caminho com sinalizações, pausas, intercâmbios (chamados supõem respostas, indagações, superação de indiferenças, estabelecimento de confiança mútua). Percebemos, assim, que no chamado há uma dinâmica que nos põe em movimento, nos desinstala, gera um desequilíbrio em nosso estado de repouso. Em outras palavras, vocação é algo que nos inquieta, pois nos coloca em posição de dizer sim ou não (dimensão da liberdade humana e da responsabilidade).
Em nosso batismo, pais e padrinhos, disseram sim e se comprometeram em nos impulsionar na direção deste amor, até que pudéssemos confirmar, por nós mesmos, este permanecer no amor de um Deus que tudo faz com bondade e beleza, e nos faz a sua imagem e semelhança; que nos resgata do abuso da liberdade e dos descaminhos causados por nossas transgressões; que se encarna e assume as realidades da existência humana (menos o pecado), que morre e ressuscita por cada um de nós. Enfim, que nos acompanha, através de seu Espírito, ao longo dos desafios diários. E que continua se dando sacramentalmente e nos encontros fraternos em nossas comunidades, movimentos, associações, vizinhança e nas demais relações sociais, uma vez que é um Deus presente.
Mas para permanecer Nele é preciso permanecer em seu amor, é necessário entrar em sua dinâmica, é preciso se pôr neste movimento que vai em direção do outro, que rompe o isolamento e desabrocha em comunhão fraterna. Em alguns, este caminho leva ao matrimônio (unidade de vida entre um homem e uma mulher, superação do egoísmo, abertura ao que nasce desse sair de si mesmo para o bem do outro); em outros, este chamado se concretiza na vida consagrada (mediante os conselhos evangélicos, prática da castidade, obediência e pobreza, buscando a perfeição da caridade por uma vivência mais radical da vida fraterna); em não poucos, esta inquietação leva a vida sacerdotal (através do ministério ordenado servem os homens e a comunidade na pessoa de Cristo Cabeça); em outros, ainda, este convite gera resposta sob novas formas de comunidade e seguimento. Em todos, só permanecendo no amor, haverá fidelidade.
Para nós cristãos, amar não é simplesmente um sentimento; é uma escolha, é uma vocação comum, é uma correspondência aos gestos de Deus. Não é palavra oca; pelo contrário, é palavra exigente e operante na transformação dos corações dos homens e da sociedade. Somos vocacionados ao amor! Aonde este Amor te leva? Pense nisto!
(Por: Vicente Bruno Cavalcanti de Oliveira)
Todos sabemos que vocação é um chamado, um apelo para algo; portanto, uma via de mão dupla, um caminho com sinalizações, pausas, intercâmbios (chamados supõem respostas, indagações, superação de indiferenças, estabelecimento de confiança mútua). Percebemos, assim, que no chamado há uma dinâmica que nos põe em movimento, nos desinstala, gera um desequilíbrio em nosso estado de repouso. Em outras palavras, vocação é algo que nos inquieta, pois nos coloca em posição de dizer sim ou não (dimensão da liberdade humana e da responsabilidade).
Em nosso batismo, pais e padrinhos, disseram sim e se comprometeram em nos impulsionar na direção deste amor, até que pudéssemos confirmar, por nós mesmos, este permanecer no amor de um Deus que tudo faz com bondade e beleza, e nos faz a sua imagem e semelhança; que nos resgata do abuso da liberdade e dos descaminhos causados por nossas transgressões; que se encarna e assume as realidades da existência humana (menos o pecado), que morre e ressuscita por cada um de nós. Enfim, que nos acompanha, através de seu Espírito, ao longo dos desafios diários. E que continua se dando sacramentalmente e nos encontros fraternos em nossas comunidades, movimentos, associações, vizinhança e nas demais relações sociais, uma vez que é um Deus presente.
Mas para permanecer Nele é preciso permanecer em seu amor, é necessário entrar em sua dinâmica, é preciso se pôr neste movimento que vai em direção do outro, que rompe o isolamento e desabrocha em comunhão fraterna. Em alguns, este caminho leva ao matrimônio (unidade de vida entre um homem e uma mulher, superação do egoísmo, abertura ao que nasce desse sair de si mesmo para o bem do outro); em outros, este chamado se concretiza na vida consagrada (mediante os conselhos evangélicos, prática da castidade, obediência e pobreza, buscando a perfeição da caridade por uma vivência mais radical da vida fraterna); em não poucos, esta inquietação leva a vida sacerdotal (através do ministério ordenado servem os homens e a comunidade na pessoa de Cristo Cabeça); em outros, ainda, este convite gera resposta sob novas formas de comunidade e seguimento. Em todos, só permanecendo no amor, haverá fidelidade.
Para nós cristãos, amar não é simplesmente um sentimento; é uma escolha, é uma vocação comum, é uma correspondência aos gestos de Deus. Não é palavra oca; pelo contrário, é palavra exigente e operante na transformação dos corações dos homens e da sociedade. Somos vocacionados ao amor! Aonde este Amor te leva? Pense nisto!
(Por: Vicente Bruno Cavalcanti de Oliveira)
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